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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
À medida que as temperaturas aumentam, a pug Maitê, que já sofreu uma insolação, necessita de atenção redobrada
A estação mais quente do ano é a
preferida de muitas pessoas, principalmente para quem gosta de passear ao ar livre com os animaizinhos de estimação. No entanto, à medida que as temperaturas aumentam, alguns problemas de saúde tornam-se mais recorrentes nos pets, entre eles, a infestação de pulgas e carrapatos, viroses, doenças de pele, insolação e desidratação.
Esses problemas são ainda mais acentuados em cães com a síndrome braquicefálica, os famosos cachorros de "focinho curto", como é o caso da Maitê, cadelinha da raça Pug, 5 anos, mascote da família da cabeleireira Ana Silveira.
Os cuidados com Maitê, segundo ela, principalmente no verão, precisam ser redobrados. Isso porque o período, entre outras complicações, causa ainda mais dificuldades respiratórias à pet.
- A Maitê, por ser da raça pug, naturalmente já tem dificuldade de respirar. Com as altas temperaturas, esses problemas se intensificam - conta Ana.
Segundo a tutora, no final do ano passado, a cadelinha sofreu com insolação, o que assustou a família.
- Ela ficou exposta ao sol por um pequeno período e começou a ter complicações. Não conseguia respirar direito e a língua ficou roxa. Imediatamente, fizemos de tudo para refrescá-la e, depois de um tempo, ela melhorou - lembra a cabeleireira.
ADAPTAÇÕES
Desde então, períodos de forte calor exigem cuidados especiais com Maitê. Além das condições de saúde, a tutora percebe mudanças no comportamento da pet nesta estação do ano.
- Evito passear com ela durante os horários de sol quente. E, se necessário, para não queimar as patinhas, procuro carregá-la no colo. No verão, ela dorme bastante, fica mais preguiçosa. É nítido que fica com menos fôlego - diz Ana, que acrescenta ter se adaptado às necessidades da cadela ao longo do tempo.
O médico veterinário Cesar Schmidt, profissional da área há 20 anos, explica que as altas temperaturas acabam por desencadear diversos problemas, como os da Maitê. O veterinário menciona que é preciso atenção por parte dos tutores para evitar o surgimento de doenças no verão.
- Nessa época, é preciso ter atenção com a saúde pública, cuidando, também, do ambiente do animal. No calor, aumenta a proliferação de pulgas e carrapatos, além de aumentar a frequência de crises respiratórias e queimaduras nas patas. É preciso redobrar os cuidados - explica Cesar.
A médica veterinária Ellen Azambuja também pede que os tutores evitem expor os animais ao sol no verão.
- Temperaturas quentes são complicadas para os animais em geral, mas, mais ainda, para os braquicefálicos, que já têm dificuldades respiratórias. A exposição excessiva ao sol deve ser evitada, principalmente para pets de pelagem branca. Sem prevenção desses fatores, eles podem desenvolver doenças sérias, como o câncer . Em raças que têm pouco pelo nas extremidades (orelhas e patinhas), é necessário o uso de filtro solar. Um exemplo disso são os gatos - explica a médica veterinária.
Veja, abaixo, alguns dos problemas que podem aparecer nos pets e as formas de prevenção:
- Infestação de pulgas e carrapatos - Coceira e presença visível do parasita. Necessário aumentar a higienização do ambiente em que o animal circula. Tratamento pode ser feito com antipulgas e anticarrapatos
- Viroses - Apresentam sinais clínicos variados, como diarreia e problemas respiratórios e falta de apetite. Para previnir, mantenha as vacinas do pet em dia
- Doenças de pele - Perda e falhas no pelo do animal e surgimento de manchas. Como esse é um problema decorrente, geralmente, de outras complicações, como a infestação de pulgas, a forma de prevenção é manter a higiene e os cuidados com as outras doenças
- Insolação - Os principais sinais são respiração acelerada ou dificuldade de respirar, além da mudança na coloração na língua, que, geralmente, fica roxa. Deve-se evitar passeios em horários de sol quente, bem como em pisos que possam causar queimaduras, como o asfalto
- Desidratação - Animais desidratados apresentam olhar fundo e perda da elasticidade da pele. Geralmente, a doença é desencadeada por vômito e diarreia, mas pode evoluir para outros sintomas, como inapetência, desmaio e constante apatia. Além de manter água fresca à disposição do animal, é necessário deixá-lo sempre à sombra e em lugares com circulação de ar
- Otite - Dor no ouvido, coceira excessiva na região e pus caracterizam a otite em pets. A forma de prevenir é manter a higiene do animal em dia, com limpezas periódicas
Fonte: Cesar Schmidt, médico veterinário
*Colaborou Wederlei Pires